A proposta de Jacob Levy Moreno originou-se da percepção sobre o potencial das atuações dramáticas para produzir reflexões pessoais. O processo de dramatização, da forma como é conduzida pelo Psicodrama, é mais do que simplesmente uma repetição de papéis. Ele gera insights profundos ao permitir a compreensão dos comportamentos assumidos em cada papel desempenhado. O Psicodrama permite dar forma aos pensamentos e emoções que machucam. Dessa maneira, pode-se rapidamente identificar o Psicodrama como terapia que facilita a expressão de aspectos sombrios ou difíceis de elaborar.
A teoria de papéis
O Psicodrama enxerga toda ação humana como uma interação através de papéis. De fato, uma mesma pessoa ora é pai, ora filho, chefe ou empregado, professor ou aluno, companheiro ou concorrente. E, em cada papel, age de maneira peculiar.
Quando um desses comportamentos sofre um bloqueio, uma interrupção ou um conflito, provoca respostas inadequadas. A frustração pode resultar em agressão, regressão, apatia, depressão, paralisia etc.
Ao reviver a experiência por meio do Psicodrama , o indivíduo recebe um choque de consciência. Ele percebe como vem agindo e de que forma é visto no ambiente de suas interações. E, de maneira geral, promove as mudanças necessárias e desejadas, adquirindo mais confiança e segurança.
A abordagem do Psicodrama como psicoterapia
Muitas vezes é difícil para o ser humano reconhecer ou assumir os problemas que estão gerando desequilíbrio. Nesses casos, a função do psicoterapeuta é clarear frustrações, medos e desejos, orientando o paciente no processo de cura e transformação. Mas não é uma tarefa fácil.
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Utilizando o Psicodrama na psicoterapia, o psicoterapeuta consegue criar um ambiente de descontração que estimula a espontaneidade e criatividade. Os exercícios ajudam a desinibir, favorecendo a vivência no momento presente e a amplitude do olhar. A dramatização explora no palco diferentes possibilidades de solução.
O Psicodrama, além da linguagem verbal, utiliza o corpo em suas variadas expressões e interações com outros corpos. Na encenação psicodramática a pessoa consegue ver a si mesma e à situação sob outra perspectiva. Desse modo, o processo terapêutico processo psicoterapêutico se realiza no aqui e no agora.
O enfoque psicodramático é existencial, ou seja, vê o ser humano como construtor de si mesmo e de seu mundo. Busca o resgate da espontaneidade e o desenvolvimento da intuição e da criatividade. Culmina no alcance da liberdade, da sensibilidade e da empatia.
O Psicodrama não rotula nem utiliza diagnósticos psicopatológicos. Entende que o indivíduo perdeu o sentido da vida, deixando de ser alguém espontâneo e criativo. O Psicodrama como psicoterapia é, simplesmente, o caminho para a compreensão da experiência de existir.
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